Em véspera de páscoa, o chocolate é sempre o maior astro da plateia nos feriados de páscoa em família. Todos se reúnem, crianças brincam, e ovos de chocolates são distribuídos para todos da casa. E qualquer chance de alguém fazer dieta nesses dias que antecedem e sucedem a páscoa é quase zero. Não queiram saber o meu nível de envolvimento com o chocolate, porque posso mostrar meu lado Skakespeare apaixonado, mas nunca meu lado íntimo e doce com o chocolate.
William Shakespeare, nascido há 450 anos em Stratford-upon-Avon, tem cativado o mundo ao longo dos séculos com o seu trabalho inovador, inventivo e infinitamente apaixonado. Will, o maior dramaturgo da Grã-Bretanha, teve muitos atributos no decorrer de sua vida, mas não teve a oportunidade de saborear uma barra de chocolate.
Apesar de nunca ter escrito sobre comida, Shakespeare mencionava alimentos em cada uma de suas peças. Mas qual era o cardápio de Will? O que ele gostava de comer?
Segundo uma pesquisa feita em uma biografia íntima de William Shakespeare, suas refeições eram feitas a base de frutas, legumes e alguns grãos.
A comida na época de Shakespeare era surpreendentemente variada. Muitos membros da sociedade comiam mingau e pão, uma dieta clássica para época. Mas por outro lado, variedades de farinhas e grãos eram bastante utilizados na cozinha. Centeio, cevada, aveia e trigo eram também adicionados para dar uma textura maior e proporcionar mais sabor às receitas que eram produzidas na época. Acreditava-se que frutas e vegetais crus poderiam deixá-los doentes. Por isso, raramente eram servidos crus. Intrigante, não?
Nesta época, a comida estava intimamente ligada à medicina. As pessoas realmente acreditavam que “você é o que você come”. Muitos dos alimentos de tempos de Tudor tinham propriedades medicinais.
E não foram apenas os alimentos que foram valorizados por suas qualidades medicinais. Bebidas como cerveja, vinho e cidra eram dados ao lugar da água para evitar a doença da Cólera, e outras doenças a mais transmitidas pela água, naquela epidemia devastadora da época. Bebidas de baixo teor alcoólico eram frequentemente as opções mais seguras do que a água simplesmente. Bebidas quentes, como chocolate, chá e café foram introduzidas na Grã-Bretanha durante a época de Shakespeare.
Dizem que Will não era muito fã de carnes, por isso seu consumo de proteína era mais baixo dos que as dos outros.
Mas e o chocolate? Até agora falamos apenas sobre o possível cardápio diário de William Shakespeare. Qual eram suas guloseimas preferidas? Qual doce o fazia se sentir uma formiguinha apaixonada?
Bom, são perguntas bastante difíceis de responder, não é mesmo? Mas, o que Hamlet pensaria a respeito do chocolate? O que Romeu e Julieta fariam juntos se pudessem ter tido a chance de compartilhar uma trufa maravilhosa de chocolate entre eles? Será que se existisse bombons de chocolate na época, as famílias de Romeu e Julieta jamais teriam criado intrigas entre eles, e assim deixar que o cupido e o destino trabalhassem em prol da felicidade dos dois? Sem rivalidade, sem batalhas. Não sabemos. Mas uma coisa é certa: chocolate não deixa apenas nosso paladar mais doce, deixa a nossa vida toda mais doce. E quanto mais doce a vida, mais felizes os dias.
Bom, já que não podemos presentear nosso querido Will com um delicioso ovo de páscoa, em homenagem a todas suas obras, um trecho adaptado do livro Romeu e Julieta.
“Amor é o chocolate deslizando pela nossa língua; é sabor doce que dissolve em nosso paladar; é macio, é crocante, pode ser quente, pode ser gelado; é o oceano de sensações inebriantes que pode transbordar em nossa alma, nutrindo os corações apaixonados. O que mais é o amor senão o chocolate? A mais deliciosa das loucuras, o mais suave dos sabores, a mais pura sedução dos amantes. Sufoca, implora, provoca orgasmos. Doçura que amarga. Doçura que preserva.” – Romeu