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A Filosofia do Amor

“Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro.” — Theophile Gautier

Dramas diários do coração. Em quase toda a nossa vida, nos deparamos com situações que acabam abalando nossos sentidos. Algumas vezes sentimos o nosso coração bater mais forte, outras, irregular e por vezes – raro, mas quase sentimos o nosso coração parar de bater. Amar é muito diferente de só estar apaixonado. A paixão pode acontecer em um piscar dos olhos, pois ela afeta a compreensão do nosso corpo e da nossa mente, já o amor, um estado totalmente enigmático, só ocorre no momento preciso, ou seja, não tem previsão de acontecer.

As Três Formas do Amor

explicacoes filosoficas sobre o amorExplicações filosóficas sobre o amor têm focado principalmente na base do amor pessoal, o amor que está na causa, não o que está no sentindo da pele.

Dentro do amor pessoal, filósofos desde os antigos gregos – tradicionalmente distintos, distinguiram três noções que podem ser corretamente chamados de “amor”: Eros, Agape e Philia. Será útil para distinguir estes três e dizer algo sobre como discussões contemporâneas normalmente confundem essas distinções (por vezes intencionalmente) ou usá-los para outros fins.

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Eros

erosEros originalmente significava o amor no sentido de uma espécie de desejo apaixonado para com um objeto, normalmente a paixão carnal. (A paixão mais comum em todo o mundo). Nygren (teólogo, conhecido por seu trabalho em dois volumes Eros e Ágape (publicado pela primeira vez em sueco 1930-1936) descreve eros como o “amor de desejo, ou o amor aquisitivo” e, portanto, como egocêntrico. Soble (filósofo americano e autor de vários livros sobre a filosofia do love nos lençóis) descreve de forma semelhante a eros como “egoísta” e como uma resposta aos méritos de bondade ou beleza da amada, especialmente do amado. O que é evidente na descrição de Soble sobre eros é a mudança carnal: amar algo no sentido de “erosic”, por ser sensível a seus méritos e dependente das razões. Eros é o amor que dá sentindo à atração física, razão pela qual mantêm as pessoas “lovemente” ativas.

Tal entendimento de eros é incentivado pela discussão de Platão no Simpósio, no qual Sócrates compreende o desejo carnal como uma resposta deficiente à beleza física, em particular, uma resposta que deveria ser desenvolvida em resposta à beleza da alma de uma pessoa e, em última instância, em resposta a uma forma de beleza.

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Agape

agapeAgape refere-se ao amor paternal de Deus para o homem e do homem para Deus, mas é estendida para incluir um amor fraternal para toda a humanidade. Agape, sem dúvida, baseia-se em elementos de ambos os eros e philia, na medida em que procura um tipo perfeito de amor que é ao mesmo tempo um carinho, uma superação do particular, e uma paixão sem a necessidade de reciprocidade. Agape “veio, principalmente através da tradição cristã, para significar o tipo de amor que Deus tem para com nós, as pessoas, bem como o nosso amor por Deus e, por extensão, do nosso amor um pelo outro”. Uma espécie de amor fraternal. No caso paradigma do amor de Deus por nós, agape é “espontânea e desmotivada”, revelando não que nós não merecemos esse amor, mas que a natureza de Deus é o amor.

Consequentemente, Badhwar caracteriza agape como “independente das características fundamentais do indivíduo amado como a pessoa em particular que ela é; e Soble infere que agape, em contraste com eros, é que não depende da razão, mas é racionalmente “incompreensível”, admitindo no melhor dos casos, explicações históricas.

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Philia 

philiaEm contraste com o anseio desejante e passional de eros, philia implica um carinho e apreço do outro. Para os gregos, o termo philia incorpora não apenas a amizade, mas também a lealdade à família e política da comunidade, trabalho, ou disciplina. Philia para outro pode ser motivado, como Aristóteles explica na Ética a Nicômaco, Livro VIII, para o agente de bem ou para o próprio bem do outro. As distinções motivacionais são derivadas de amor por outro, porque a amizade é totalmente útil, como no caso de contatos de negócios, ou porque o seu caráter e valores são agradáveis ​​(com a implicação de que, se esses hábitos atraentes mudam, o mesmo acontece com a amizade), ou para o outro em quem eles são, em si, independentemente de seus próprios interesses na matéria.

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Quando dois corpos se fundem

a filosofia do amor sexoSemelhanças como estas, nos levam a questionar se a única diferença entre o amor romântico, a paixão e o da amizade está no envolvimento carnal. (Atração carnal). Visto que em toda a nossa vida, a paixão carnal é o alicerce para todo relacionamento dar certo. Mas se o relacionamento basear-se a principio apenas pela atração forte entre os dois generos, a tendência desse relacionamento, mesmo ocorrendo infinitos fogos de artifício em nosso corpo e mente, será o término em algum momento do futuro. O desejo da pele, o encontro das línguas em um beijo apaixonado, não serão suficiente para fazer com que a relação dê certo, sem o encontro dos olhos do coração, nenhum sentimento será válido no futuro.

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